quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O Verdadeiro Amor Não Dói


O Verdadeiro Amor Não Dói

Quando um relacionamento amoroso acaba e ocorre a separação, somos impelidos a mudar nosso foco de atenção. Retornamos para dentro de nós e passamos a enxergar fatos que antes negávamos. Este processo é na maioria das vezes doloroso, porém nos propicia um imenso crescimento interior que não imaginávamos experimentar. Tal crescimento se faz necessário para evitar a busca de outro parceiro idêntico ao anterior, pois as pessoas que atraímos apenas nos revelam aquilo que realmente somos. E, podemos dizer que são o nosso reflexo.

Se nossa auto-estima é baixa, buscaremos sempre no outro o nosso contra ponto. Freud afirma que até os sete anos decretamos o papel que vamos viver na vida, e que todo homem que trás uma relação mal resolvida com sua mãe, poderá ter um casamento confuso, complicado.

A famosa frase:“Todo homem, no fundo, procura uma mãe e por isso não se casa com uma menina de vinte anos", revela que o homem busca a menina para viver alguns momentos. Ele experimenta, vivencia o momento de caçador para suas aventuras, mas busca a mulher “mãezinha” para casar, para ser aquela com quem viverá para o resto da vida, pressupondo que a mesma atenderá suas necessidades físicas e emocionais.

Ao superar conflitos interiores, reconhecendo quem realmente somos, dispensando disfarces, é possível compreender que o prazer numa relação amorosa implica em ter consciência de nossa verdade interior. A grande sacada para um relacionamento saudável é reconhecer quem sou, onde estou, quais são meus pontos fracos e fortes, quais são as minhas fantasias. Raramente o ser humano está em seu presente, a maior parte do tempo está no seu passado ou no seu futuro, e na verdade é necessário viver o aqui e agora e não ficar amarrado no passado ou projetando sua felicidade no futuro.

Devido a este inadequado padrão de pensamento, a maior parte das pessoas acha que o grande amor é ilusão e que apenas o seu vizinho é merecedor de viver um grande amor. Isto porque ao desconhecer seu poder interior, não se dão conta que a fonte de amor está dentro de si. Ao contrário, esperam que o outro venha lhe fazer feliz, que o outro venha atender seus desejos.

Ao conviver com a solidão, é comum as pessoas atribuírem à pessoa desejada a responsabilidade pelo seu bem estar:

- “Preciso de alguém que seja confiável”

- “Preciso de alguém que tenha o meu nível cultural e social!“

Fica evidente que na maioria das vezes não se fala nada sobre o outro, não se pensa nele, apenas o pedido que corresponda às suas expectativas é importante. Assim, não se ama o outro como ele realmente é, mas sim como gostaríamos que fosse.

Uma das formas de ampliar a consciência é mudar algumas atitudes em nós mesmos, buscando um novo padrão de pensamento e entrando em nova sintonia, assim atrairemos o que realmente desejamos, uma vez que a fonte somos nós, destruindo a crença de que a minha felicidade está em poder de outra pessoa.

"Ao descobrir que o outro me faz feliz porque me faz crescer, percebemos o quanto é gostoso brincar de viver." (Guilherme Arantes).

Conscientes de que ninguém tem o poder de nos fazer felizes ou infelizes sem a nossa permissão, podemos iniciar um novo ciclo reconhecendo que nada é mais prazeroso que um amor saudável, descontraído e principalmente sem dores. Afinal, o verdadeiro amor não dói, quando dói não é amor, é apego.

Lilian Maria Nakhle é Psicoterapeuta

4 comentários:

Anônimo disse...

Adorei...
Inspiração eterna...dias iluminados.
Beijo na alma...

Sorte(*.*)


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Mila Botto disse...

este texto está MARAVILHOSO. ah, como seria bom se todos pensassem assim...

Unknown disse...

Perfeito ...sem palavras!!!!!!!!!

Adriana Salles disse...

Lilian...
Simplesmente Muito Querida!!!

Foi com Grande Emoção que me deparei, como um Presente do Universo, com este seu texto, diante de uma pesquisa sobre "Verdadeiro Amor"... Rsrsrs... Que Primor de Texto... Que Mensagem LINDA... Verdadeira... Que nos faz REFLETIR e Querer e Ensaiar e Errar e Conseguir... Ebaaaa... Rsrsrs... Mudar Paradigmas... Mudar Nosso Destino nos Relacionamentos...
Parece que foi ontem... em 1995... Quando tive a Grande Oportunidade do Universo de Compartilhar Saberes com Você sobre as Lições de Nosso Amado Amigo, Roberto Shinyashiki... e Ganhei de Suas Mãos um Livro que hoje está na cabeceira dos Meus Filhos... Rsrsrsrs... "Anjos Não Tiram Férias"... Lembra-se!!?? Sua Profecia escrita na dedicatória do Livro se auto-realizou e "Minha Estrela Brilha... e Muito... Por EU dar bola aos Meus ANJOS..."...
Querida... Parabéns por Existir e por SER QUEM É!!
Beijos Luminosos em Seu Coração...

DRi***OM***EU SOU