terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Ei, Cabeça Dura!



Ei, Cabeça Dura!

Convido-o para um papo de “cabeça dura para cabeça dura”. Afinal, quem de nós não se comportou assim ao menos uma vez na vida?!

O que não quer dizer que uma vez cabeça dura, para sempre o seremos. Isso pode acontecer em diferentes quantidades e intensidades para cada um. Mas ileso ninguém está.

Hoje, pela manhã, ouvi no programa de rádio da Mundial-FM, a psicoterapeuta Maura Di Albanesi discursando sobre a baixa auto-estima: “muitas vezes quando as pessoas pensam que sua auto-estima está tão baixa... é aí que está muito elevada, a ponto de não aceitarem críticas, repelindo-as; não estarem abertas a relacionamentos, culpando as outras pessoas pelas suas carências; e pior, inflarem seu ego com elogios e colocarem-se nas mãos da outra pessoa, submetendo-se aos seus desejos, em busca de mais elogios...”

São tantas as formas que usamos quando nos comportamos como verdadeiros “cabeças-duras”!

As frustrações, decepções, sensações de ira e quase todos os sentimentos desagradáveis (ou seriam todos?) não são derivados das atitudes das outras pessoas em relação a nós mesmos; pelo contrário, derivam da nossa atitude em relação às pessoas.

E então o que fazemos? Ai, coitadinho de mim! Probrezinho, tão injustiçado! Como pôde fazer isso comigo? Mas porque logo comigo isso foi acontecer?

Quem não conhece essas frases? Quanta dó conseguimos sentir do nosso próprio umbigo.

Vá em frente, cabeça dura! Pare de queixar-se! A tua vida vale muito pra você desperdiçar um minuto sequer patinando no mesmo lugar!

Os dissabores nos servem de aprendizado. Agradeça-os! Assimile a lição e tenha uma atitude diferente na próxima vez. Ação semelhante, reação semelhante. Vira um ciclo. Se você quer que algo mude, comece por si mesmo. Se você quer que alguém te ame, tenha tanto orgulho de si próprio a ponto de despertar a atenção de alguém.

Se você parar no meio de uma movimentada avenida, numa praça ou qualquer lugar público e começar a olhar para o alto, várias pessoas começarão a procurar o que será que você está olhando!

Da mesma forma você pode atrair a atenção para você. Ao invés de olhar para o alto, olhe para dentro de si, aceite-se, admire-se e ame-se exatamente da forma como você é. A altura do fulano não é a sua; os cabelos da ciclana não são os seus; o carrão do beltrano é dele; a carreira, as habilidades e tudo o mais que é do outro e se torna objeto de cobiça só nos afastam dos nossos próprios dons, virtudes e qualidades.

Aceite-se, admire-se e ame-se exatamente da forma como você é, com suas limitações e imperfeições. E você vai passar a enxergar quanta coisa boa, quantas qualidades estão escondidas aí dentro de você e fará com que as outras pessoas também percebam e valorizem.

Simplesmente aceite esse ser singular e único, criação de Deus, que você é!

Eliane Cariste Crepaldi

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