sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Minha Amiga É Melhor Que Minha Mãe!


Minha Amiga É Melhor Que Minha Mãe!

Somos seres sociáveis, vivemos em comunidade e precisamos dela para viver o crescimento na missão a que fomos chamados e exercitar a nossa capacidade de decisões.

Esse exercício começa em casa, passando a ser vivenciado na escola e nos acompanha durante a nossa vida em nossos relacionamentos com os amigos.

Contudo, os amigos não conseguem atingir a intimidade profunda existente na amizade entre pais e filhos.

Quando éramos apenas um bebê, nossos pais nos estimulavam a enfrentar o desafio de nos equilibrar sobre nossas pernas. Mal entendíamos das conseqüências compreendidas naquele desafio, mas eles estavam prontos a nos amparar, nos protegendo das possíveis quedas. A simplicidade de curtos passos demandava atenção e dedicação por parte deles.

Mesmo tendo experimentado algumas quedas, nenhum de nós desistiu de aprender a andar. Assim como não desistimos de andar, não desistimos tampouco de viver outros desafios e quando sabemos que estamos sendo dirigidos por quem zela pelo nosso bem-estar, torna-se muito confortável enfrentá-los.

Apesar de conhecermos o conforto desse amparo, muitas vezes achamos que de vez em quando estão equivocados e, tendemos a nos deixar levar pelos conselhos daqueles que falam o que desejamos ouvir. Pode acontecer que no calor de uma discussão sejam disparadas frases como: “Ah, minha amiga é melhor que minha mãe, meu pai…” ou “A casa de fulano é melhor que a minha…”, “Não sou compreendido”, etc.

Abre-se então um processo de retomada por ambos. Nessa relação, pais e filhos aprenderão a partir das experiências do outro.

Os filhos aprenderão a revisar seu próprio comportamento, entre outras coisas, esforçar-se-ão a responder aos anseios dos seus pais ou levando sempre em consideração os resultados de suas escolhas, prestarão mais atenção às sugestões e conselhos daqueles que, mesmo não conseguindo vê-los como adultos, ou ainda que estejam preparando-se para enfrentar tal realidade, se desdobram em majestosa atenção.

Os pais iniciarão o processo em cultivar a serenidade diante do novo. Aprenderão a enfrentar a dura realidade que seus pequenos já são adultos. Longe da omissão, aprenderão a acolher e respeitar a vontade de seus filhos mesmo quando estes, no exercício da sua maturidade, venham a sofrer as conseqüências de suas escolhas.

A diferença entre nossos amigos e nossos pais não está unicamente no conselho. Na unidade e no comprometimento fiel de nossos pais, temos a certeza de sempre estar preparados em nos amparar das possíveis “quedas e tropeços”, mesmo que isso lhes custem lágrimas e privações.

Que Deus esteja sempre presente na sua amizade com seus pais.

Dado Moura


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